terça-feira, 19 de maio de 2009

Tem certeza de que você é você?

Ta bom, você vai pensar: "como assim? Eu sou eu mesmo, sempre fui, verdadeiro e único!!". Bom, único com certeza, mas verdadeiro, é difícil dizer. É difícil ser. Existem influencias demais na nossa vida que praticamente impedem isso, a começar pela educação. Somos condicionados a seguir um padrão desde pequenos, mas poucos admitem isso. Exemplo: Se é menino, passa a infância ouvindo coisas tipo "homem não chora". E é claro que cresce acreditando nisso, já que essa frase foi repetida em seus ouvidos por anos e anos, ainda reforçada pelas teses arcaicas de que o choro de um homem está associado à fraqueza, e até a homossexualismo. E como o jovem não quer ser rotulado de fraco nem de viado, acaba adotando este comportamento durante a vida toda e transferindo a mesma teoria medieval a seus filhos, e assim o ciclo continua. Mas não vamos responsabilizar somente nossos pais. Posso parecer repetitivo ao afirmar isso, mas a verdade é que somos descaradamente manipulados pela mídia, que nos impõe modas e comportamentos. E infelizmente, ela sabe que a grande maioria de nós é altamente influenciável, principalmente durante a puberdade, período em que queremos deixar de ser o que nossos pais querem que sejamos pra sermos nós mesmos, para mostrarmos que temos identidade própria, que não somos mais um na multidão como eles. E o que acontece? Ironicamente, escolhemos uma tribo e passamos a nos vestir e a nos comportar como eles, diferindo apenas de acordo com a moda da época. Exemplo da onda Emo de hoje, da onda Grunge dos anos 90, New Wave nos 80.... Enfim, é muito difícil sermos nós mesmos, seja quanto ao nosso comportamento, seja quanto a nossas emoções. Apaixonado, você muda seu comportamento para agradar a pessoa amada, passa a representar por tanto tempo que esquece de ser você mesmo, e no fim acaba ficando sozinho do mesmo jeito, seu esforço não valeu de nada porque não conseguiu ser a pessoa que ele/ela queria que você fosse. Não adianta, simplesmente não era você. Se levamos um fora, escondemos nossas emoções por autopreservação, para aparentar sermos fortes, inabaláveis. Nos tornamos céticos, romances deixam de ser uma realidade e até uma fantasia, deixamos de acreditar que realmente existam historias de amor como nos filmes, afastamos todas as possibilidades de alguém se aproximar e possivelmente nos trazer mais uma decepção. Porém, com o tempo acabamos por perder a capacidade de demonstrar as nossas próprias emoções, e isso afeta não só as pessoas que não merecem nossa atenção, mas também as que nos amam de verdade e as que poderiam vir a nos amar. Começamos a sentir falta de coisas simples, mas o bloqueio que criamos nos impede de alcançá-las. Então o tempo passa, você olha pra traz e percebe o quanto você mudou, o quanto está distante do seu eu original. Percebe quantas coisas você adorava fazer e já não faz mais, e nem consegue. Quantas coisas você acreditava, e hoje já não fazem mais sentido. Não se deixa mais levar pela emoção, com medo da decepção, e com isso deixa de viver, de experimentar prazeres que a razão não proporciona. É difícil ser verdadeiro, se manter no original. Se você conseguiu isso até hoje, meus parabéns. Agora, se faz parte da maioria que foi adulterada pelo caminho, como eu, então fica meu conselho: Valorize sua individualidade. Lembre de como era há anos atrás, selecione as coisas boas e reative-as. Se gostava de escrever, escreva, se era sonhador, volte a fantasiar. É melhor que as pessoas gostem de você pelo que realmente é, e não que se iludam com um personagem.


“Mesmo tendo pago o suficiente,
tendo rompido
sendo impedido
toda simples memória
do que poderia ter sido
traços de amor
Não perca o sono essa noite
tenho certeza de que tudo terminará bem
Você pode ganhar ou perder
Mas ser você mesmo é tudo o que você pode fazer”

Be Yourself - Audioslave

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mães...

O tempo anda curto mas não podia deixar passar em branco essa data sem escrever algo, mesmo que atrasado. Se bem que atrasado também não, porque acho crueldade limitar-se a dedicar somente um dia do ano a elas, enquanto que sua dedicação a nós é diária. Mas o que falar sobre mães, o que mais falta falar sobre elas que ainda não tenha sido dito? Bom, as mulheres são complicadas por natureza, e as mães não seriam diferentes, passam a vida cuidando do corpo, da aparência, se estão gordas, entram em crise quando descobrem aquela celulitezinha (que, fala sério, só incomodam elas mesmas né...), mas transformam todo o corpo para gerar o filhote, e ainda se rasgam para parí-lo. E aí essa passa a ser a melhor experiência da vida delas, vai entender, rsrs. Mas mãe é mãe em todo lugar. Seus filhos são sempre os mais inteligentes da turma, e mesmo quando você acabou de nascer com aquela carinha de joelho enrugado ela te acha lindo. E ai de quem afirme o contrário! Mãe não tira férias, mãe é mãe todos os dias. É a primeira palavra que aprendemos a pronunciar e com certeza é a mais mencionada em qualquer idioma que você escolher: “mãe, to com sede!” "mãe, xixi !", "manhêêêê, cadê meu uniforme???", "MANHÊÊÊÊÊ......". Também não podia ser diferente, a mãe é a primeira pessoa a ser lembrada nas dificuldades, seja pra nos ensinar a caminhar ou para ouvir nossos desabafos. É a nossa primeira referencia de segurança, (ou ao menos deveria ser) e não importa se você já passou dos 30, ela vai continuar te chamando de “meu bebê”. E... bom, mesmo que você já tenha passado dos 30, ainda assim haverá momentos em que tudo o que você vai querer é o colo dela. Tem mãe que dança toda a coreografia dos Backyardgans com a filha, tem mãe que se atira no fosso pra salvar o filho, mesmo sem saber nadar. Mãe que levanta da cama às 4 horas da madruga só pra acordar o “bebê” e ele não se atrasar no emprego. Mas o mais maravilhoso de tudo é a capacidade delas de nos amar incondicionalmente, não importando a besteira que tenhamos feito. Talvez isso seja o mais próximo possível que nós mortais consigamos chegar do amor divino, do amor de Deus aos seus filhos, algo importante demais para ser lembrado apenas uma vez ao ano.

sábado, 2 de maio de 2009

Uma outra visão sobre a crise

Recebi esse e-mail e achei-o muito interessante, então tomei a liberdade de postá-lo aqui no Blog. É o tipo de texto que vale a pena ser repassado, deveria estar ao alcance de todos, e nós deveríamos desenvolver mais nossa capacidade de análise crítica, afinal, é o que nos diferencia dos outros animais, somos dotados de "inteligência". Pfff...


"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.Resolver, capicce?
Extinguir.Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.
Bancos e investidores.
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
O nosso almoço tá garantido mesmo..."

Texto atribuído ao Neto, MENTOR MUNIZ NETO, diretor de criação e sócio da Bullet, uma das maiores agências de propaganda do Brasil.