sexta-feira, 26 de junho de 2009

Há Mil Tons








"Sempre quiz fazer um auto-retrato, mas perco o foco... não me enquadro, sempre me corto... minha luz se apaga para fotômetros automáticos, estouro ou não apareço... obturadores tentam me pegar depois que passei... desisti! Coloquei espelho no porta-retrato pra poder me ver... ele quase sempre ri... suspeito... de mim!"
Auto Retrato - Hamilton Fialho

"Há Mil Tons"



"Di-Dá-Dó"





Não vejo o trabalho do Hamilton como o trabalho de um fotógrafo, mas sim como o de um poeta. Suas obras ultrapassam o conceito de simples registros de imagens. Poderia dizer que ele consegue capturar uma realidade alternativa, um mundo fantástico que nós não podemos ver, mas esta afirmação estaria incorreta. Hamilton tem o dom de perceber e capturar um mundo fantástico sim, mas é algo que na verdade existe, algo que está lá, ao alcance dos olhos de qualquer um, e simplesmente passa despercebido por nós. Seus trabalhos realizados em shows e peças de teatro (que na minha opinião são suas melhores obras, a exemplo de "Luzes da Canção", seleção de fotos de diversos espetáculos) conseguem transmitir a emoção, o movimento, a música através de imagens, muitas vezes tornando-se uma atração a parte, uma continuação do evento. Seus trabalhos não são editados, não há efeitos de flash nem de Photoshop, nada além das luzes locais e sombras. É puramente o que vemos, ou deveríamos ver, transformado em poesia. Um mundo comum, visto pelos olhos de um poeta.



"Alucinações"



Conheci o Hamilton em 2006, quando tive a oportunidade de trabalhar/aprender com ele na área de automação industrial. Seu humor sarcástico, sua postura constantemente crítica e altamente ética, conhecimento e bom gosto pelas artes em geral, começaram a me chamar atenção, e em pouco tempo passamos de colegas de trabalho a bons amigos. Acredito que tenha algo à ver com a tal afinidade.






"Cello´s"





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